Os pais e cuidadores são as primeiras referências de contato na vida de uma criança. Sendo assim, ela aprende e se condiciona a partir da imitação dos hábitos praticados pelos adultos.

Desde a gestação, a criança recebe a influência da família na alimentação, pois todos os nutrientes ingeridos pela mãe são passados ao bebê através do cordão umbilical. Durante o período de aleitamento, a transferência de nutrientes é feita a partir da amamentação e, na infância, a construção do repertório alimentar da criança é feita pela imitação das práticas e escolhas feitas pelos familiares.

O impacto da alimentação familiar na vida da criança

Os pais que se alimentam de forma saudável possibilitam que as crianças desenvolvam um paladar diversificado e consumam todos os nutrientes essenciais para promover uma qualidade de vida adequada, auxiliando no seu desenvolvimento e crescimento.

A refeição em família vai muito além da alimentação e ingestão de nutrientes, pois ela tem impacto com o desenvolvimento emocional da criança. Por isso, é nesse momento em que a família se reúne, que é importante avaliar aspectos sociais, emocionais e psicológicos das crianças.

Educação alimentar infantil

Antes de tudo, devemos lembrar que a alimentação na infância é importante para o crescimento e desenvolvimento saudável da criança e tem o papel de manter a criança com alta imunidade, enfrentando melhor as doenças infectocontagiosas e prevenir ou retardar o aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade, diabetes e alguns tipos de câncer. 

A educação alimentar começa em casa e quando você serve alimentos saudáveis para a criança, ela pode rejeitar caso veja que os outros membros da família não estão comendo o mesmo. Isso porque as crianças enxergam os adultos como referência de comportamento e costumes.

Então para estabelecer uma alimentação saudável para a criança, o adulto deve ter em mente que precisa mudar a sua alimentação também. Claro que não é fácil mudar a alimentação depois de adulto, mas separamos algumas dicas que podem ajudar!

Confira dicas sobre a mudança alimentar: 

1. Estruture compras saudáveis

Na hora de fazer as compras, deve ser evitado comprar salgadinhos, doces, bolachas recheadas e chocolates. Evitar não significa proibir, apenas comprar em menor quantidade, dessa forma o paladar irá mudar gradativamente. Sempre deve ser preferível comprar verduras, legumes e frutas. Essa mudança tem um grande impacto positivo na vida da criança. 

2. Estimule o consumo de alimentos saudáveis 

Manter alimentos saudáveis em lugar acessível à criança, também são fatores que favorecem sua ingestão. Portanto, ter esses alimentos na geladeira prontos para consumo é uma boa saída, como por exemplo, descascar e cortar o mamão ou melancia, verduras lavadas e legumes cortados, faz com que facilite esse consumo para as crianças.

Variar a forma de preparo de alimentos saudáveis e incluir a criança para participar do preparo, também é uma forma de estimular o consumo desses alimentos no paladar infantil.

3. Mantenha contato com hortas 

Quando a criança tem contato com plantações em casa como hortas ou até mesmo pequenos vasos com temperos, isso estimula a criança a ter mais familiaridade com a natureza e com alimentos saudáveis. Além de trazer benefícios no conhecimento e desenvolvimento dessa criança.

4. Mantenha um bom ambiente de refeições

No momento de ofertar alimentos saudáveis durante a refeição, não se deve parecer que é uma forma de castigo ou que é obrigatório esse consumo. O ambiente deve ser leve e descontraído, por isso a participação da criança desde o preparo desse alimento até a hora do consumo é importante. Ter pratos coloridos e divertidos, também auxilia no consumo e aceitação da criança. Isso formará uma lembrança positiva por muito tempo e uma relação positiva com a comida. 

A mudança de novos hábitos pode assustar no início, mas vale a pena, afinal comer saudável faz bem para o corpo e mente dos adultos e crianças.